quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Queijo Minas artesanal será valorizado por identidade geográfica Volta
Mídia eletrônica: Jornal Araxá
http://www.jornalaraxa.com.br
03/10/2007
Produto vai ser certificado em quatro regiões: Araxá, Serra da Canastra, Serro e Alto Paranaíba
O queijo Minas artesanal produzido nas regiões da Serra da Canastra, Serro, Araxá e Alto Paranaíba será o próximo produto da agroindústria mineira a ganhar certificação de origem, por meio da Indicação Geográfica (IG). A informação partiu da coordenadora da área de Incentivo à Indicação Geográfica (CIG) de Produtos Agropecuários, do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária, Bivanilda Almeida Tapias. O setor que coordena faz parte da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com a técnica, a denominada Indicação Geográfica atende a demanda dos próprios produtores para a proteção de algum produto agropecuário, que tenha uma identidade cultural e geográfica própria. O processo, que deve ser encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), leva em conta levantamento histórico sobre o produto. O resultado é a emissão de um certificado e um selo de IG pelo InpiI. "Essa indicação agrega valor e atribui reputação aos produtos, uma vez que eles passam a ter uma identidade única, que os distingue de seus concorrentes. Além disso, ela beneficia todos aqueles do lugar que exploram aquela atividade e contribui para o desenvolvimento socioeconômico daquela região", explica.
Ela acrescenta, ainda, que a IG é um tema dentro da propriedade industrial. É uma forma de proteger uma criação, fazer uma certificação de origem, via propriedade industrial. "É específica para proteger um patrimônio cultural, uma tradição, para alguns produtos agropecuários", diz. Hoje, no Brasil, são protegidos por indicações geográficas os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; o café do Cerrado mineiro; a carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, no Rio Grande do Sul; e a cachaça de Parati, no Rio de janeiro. Em nível mundial, alguns exemplos notórios de IG são: os vinhos tintos da região de Bordeaux, os presuntos de Parma, os charutos cubanos, os queijos Roquefort, o Champanhe, na França, os cítricos de Valência, o azeite de oliva de Toledo, entre outros.
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