terça-feira, 2 de outubro de 2007


  • Empresas vão à Justiça porendereços na internet

  • Pesquisas em biotecnologia, fisiologia, física e agronegócio terão prioridade de investimentos no Espírito Santo

  • Obstáculo ao crescimento

  • Real forte leva empresas a investir

  • Brasil ajuda a criar 1ª biblioteca digital mundial

  • IBM começa a buscar profissionais até nas escolas de ensino médio

  • Incubadoras de SP seunem em busca de mais recursos

  • Embraco cria micro compressor

  • Especialistas questionam qualidade do etanol

  • Inovação vaisubstituir importados

  • A idade da razão

  • UCP promove Semana de Engenharia e Informática



  • Empresas vão à Justiça por endereços na internet Volta

    No Brasil, mais de mil casos foram à Justiça devido à disputa por endereços eletrônicos.

    Em alguns, donos das marcas venceram quando a intenção de golpe ficou clara.


    Mídia eletrônica: Portal G1

    http://g1.globo.com/

    Ligia Guimarães

    Do G1, em São Paulo



    Num universo crescente de sites, palavras e imagens como o da internet, como garantir que ninguém, além da sua empresa, usa a marca que você tão precavidamente patenteou?



    Segundo especialistas, o Brasil já acumula mais de mil casos que foram parar na Justiça envolvendo disputas por domínios, como são chamados os endereços na rede de computadores.


    Garantir a proteção de uma marca num ambiente dinâmico como o da web não é tarefa simples: em nome da proteção, empresas fazem buscas cada vez mais minuciosas, a fim de detectar possíveis homônimos ou endereços parecidos.

    É o caso da operadora de telefonia celular Oi, que recentemente se deparou com um site que usa parte de seu nome no endereço eletrônico. A empresa enviou notificação extrajudicial ao responsável pela página, exigindo extinção ou mudança de endereço eletrônico num prazo de cinco dias.

    Por enquanto, o caso não se estendeu na Justiça. Ao ser notificado, o consultor de informática Wellington Moreira, 26 anos, respondeu, dizendo que se recusava a tirar o site do ar. Mas diz que não voltou a ser procurado pela empresa.


    “Não me deram opção ou tentaram negociar antes. Fiquei sabendo que isso os incomodava pela notificação”, diz.


    Procurada pelo G1, a Oi confirmou o envio da notificação e disse que esse é o procedimento padrão da empresa de defesa da marca, mas não informou se deve processar o consultor.



    Golpe ou coincidência?



    Se depender do procedimento seguido pela Justiça no Brasil nos últimos anos, o caso pode não ter maiores conseqüências para o consultor, já que o site trata de música e não tem nenhuma relação com o mercado de telefonia.

    "Na minha opinião, não há relação direta entre marca e domínio. Marcas comportam homônimos e podem ser usadas de maneiras diferentes, desde que não causem confusão ao consumidor, atuando na mesma área", diz Demi Getschko, diretor presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br, órgão que implementa as decisões do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

    De acordo com o advogado especialista em conflitos envolvendo domínios e marcas na internet, Wilson Pinheiro Jabur, a maioria dos casos deste tipo acaba em condenação apenas quando fica evidente que a pessoa que registrou o domínio famoso usou de má-fé.


    Segundo ele, ficou comum durante os primeiros anos de internet comercial no Brasil a prática do golpe de "seqüestro" do endereço eletrônico, em que o usuário de internet registrava um domínio de nome conhecido antes da própria dona da marca.



    As primeiras pessoas a se arriscar na "aventura" do golpe ganharam dinheiro. "Era tudo muito novo, era difícil para a Justiça identificar quem estava com a razão naquela época", diz o especialista. "Quem se aventurava não tinha nada a perder".


    Casos



    Com o passar do tempo, a freqüência dos casos aumentou, e os julgamentos passaram a se decidir por uma lógica parecida. Segundo Jabur, de 1995 a 2003, 90% das decisões judiciais foram favoráveis aos donos da marca patenteada.

    Ele mesmo atuou em alguns casos, como o que envolveu a Blindex, em 2002.
    Na época, um dos sócios da empresa Bac do Brasil registrou o domínio da Blindex.



    Em vez de parar nos tribunais, o caso foi levado à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), que regulamenta o uso de domínios que não tenham a extensão de localidade (.br) e a empresa Pilkington, detentora da marca, ganhou a causa.



    O mesmo aconteceu com o Bradesco, em 2003, que teve seu caso solucionado na OMPI. O banco ganhou o direito de exigir a transferência de endereço do site homônimo, sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia.



    Outro caso famoso envolveu a top model Gisele Bündchen, em 2001, que teve o domínio com seu nome registrado por outra pessoa. Depois de disputa na justiça brasileira, o tribunal reconheceu que era clara a tentativa do criador do site de tentar se valer do nome dela para se beneficiar.
    Como evitar problemas



    O primeiro passo para quem quer garantir a criação de um site sem homônimos é se informar se o nome pretendido para a página já não está registrado como marca de outra empresa. "O procedimento correto antes de registrar um domínio é acessar o site do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e verificar a existência da marca", diz Cláudio Roberto Barbosa, da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI).



    Fique de olho: veja os cuidados que você deve tomar na hora de criar um site

    1ª passo


    Procure o nome pretendido no site do INPI, para saber se ele já está registrado como marca.

    2ª passo


    Pesquise o nome no site registro.br, que monitora e distribui os domínios no Brasil.

    3ª passo


    Se o endereço não estiver registrado, informe seus dados, seu CPF, e pague a taxa de R$ 30 para se tornar o proprietário do domínio.



    Passada a primeira etapa, é preciso procurar pelo endereço no site registro.br. do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Para obter o registro do domínio, é preciso informar o nome do proprietário, CPF e pagar a taxa de R$ 30 por ano, enquanto o site permanecer em funcionamento.



    Pesquisas em biotecnologia, fisiologia, física e agronegócio terão prioridade de investimentos no Espírito SantoVolta
    Mídia eletrônica: Gazeta Online
    http://gazetaonline.globo.com
    ABDO FILHO
    afilho@redegazeta.com.br
    01/10/2007


    O Espírito Santo produzindo conhecimento para o Brasil. biotecnologia, fisiologia, física e agronegócio são as áreas de pesquisa que devem se sobressair e receber mais investimentos no Estado nos próximos anos. Essa é a expectativa do secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Rogério Queiroz, que participou nesta segunda-feira (01) da abertura da IV Semana Estadual de Ciência e Tecnologia. Em 2007 a área de produção de conhecimento do Estado deve receber investimentos da ordem de R$ 23 milhões, esse montante deve alcançar a casa dos R$ 30 milhões em 2008.


    O secretário destacou que atualmente 300 projetos de pesquisa e desenvolvimento estão em andamento no Espírito Santo. "A produção acadêmica do Estado é muito boa e tende a aumentar. Hoje nós contamos com cerca de 800 doutores pesquisando aqui no Espírito Santo. E o que falta é ligar essa produção acadêmica com a produção industrial, ou seja, agregar riqueza". O secretário afirmou que a produção acadêmica do Espírito Santo cresceu 50% de dois anos para cá.


    Para o secretário, três desafios precisam ser vencidos. O primeiro é o de usar a ciência disponível para melhorar o que é produzido no Estado. O segundo é trazer tecnologias mais sofisticadas ao Espírito Santo. O terceiro seria colocar o Estado no caminho da sociedade do conhecimento, que tem por base o capital humano ou intelectual.


    Para o o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo, Francisco Emmerich, o Espírito Santo precisa de mais investimentos em especialização. "Nós temos que focar para que a qualidade dos programas melhore, para que as instituições que tenham apenas mestrado introduzam a pós-graduação. Além de continuarmos com os trabalhos de articulação com as autoridades."


    Semana Estadual de Ciência e Tecnologia


    Na IV Semana Estadual de Ciência e Tecnologia o público terá oportunidade de conhecer mais de 180 trabalhos de destaque em ciência, tecnologia e inovação de diversas instituições de ensino e pesquisa do Espírito Santo. Os trabalhos apresentados vão desde as Ciências Agrárias até a robótica.


    Durante a semana também será realizado o 11° Salão do Inventor Brasileiro, que tem como objetivo criar oportunidades para as pessoas, em especial os pequenos inventores, que procuram chances de divulgar o que descobriram e encontrar parceiros para desenvolver as invenções. O objetivo é incentivar os jovens a entrarem no ramo das pesquisas.


    Os dois eventos serão realizados no ginásio da Emescam, em Vitória, a partir de quarta-feira (03), e terminam no sábado (06). A entrada é franca. Os estandes para visitação ficarão abertos das 18 às 20 horas, na quarta (03), das 9 às 17 horas, de quinta a sábado. E no dia 08, às 19 horas, no auditório do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefetes), acontece a cerimônia de encerramento da Semana, na qual os melhores inventores serão premiados.


    Interiorização

    A meta desse ano é trabalhar a interiorização e fazer com que diversos municípios possam promover atividades de ciência, tecnologia e inovação. Como parte da programação já foram realizadas a Feira de Ciência e Tecnologia de Castelo; a II Feira de Ciências e II Mostra Científica de Venda Nova do Imigrante; a I Semana Regional de Ciência e Tecnologia de Santa Teresa; e a I Mostra Científica e Cultural de Vitória. Além disso, os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus e Alegre também terão atrações.



    Obstáculo ao crescimentoVolta

    O Estado de São Paulo

    02/10/2007



    Um dos obstáculos ao crescimento do País está na falta de capacitação dos trabalhadores. Sem mão-de-obra qualificada, as empresas têm dificuldades para aumentar a competitividade, desenvolvendo novos produtos e adquirindo novas tecnologias. E, mesmo quando decidem patrocinar cursos técnicos e profissionalizantes, muitos de seus empregados apresentam problemas de aprendizagem, por falta de uma boa formação no ensino básico. Essa é a conclusão de uma pesquisa que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu junto a 1.714 empresas.


    O levantamento, realizado entre junho e julho, mostrou que o baixo nível de escolaridade dos trabalhadores vem prejudicando os planos de expansão e aumento de eficiência de 65% das empresas brasileiras. Os setores mais afetados por falta de mão-de-obra qualificada são os de álcool, equipamentos de transporte, indústrias extrativas, máquinas e equipamentos e veículos automotores - segundo matéria publicada segunda-feira no jornal Valor. “Até nos casos onde o grau de capacitação requerido não é elevado as empresas têm dificuldades, dada a baixa qualidade da educação básica”, diz o coordenador da pesquisa, Renato Fonseca.


    O problema não é novo. Há muito tempo as entidades empresariais apontam a má qualidade do ensino básico como um dos obstáculos para a retomada do crescimento. O próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, ao depor recentemente na Câmara, reconheceu que o ensino básico vive uma “crise aguda”. Na realidade, o que ele reconhece é o agravamento que o governo não consegue deter de uma crise que vem de longe, comprovado mais uma vez pelos últimos números do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), uma prova de português e matemática que é aplicada a cada dois anos. A avaliação mostra que os alunos do 3º ano do ensino médio têm um nível de conhecimento de estudantes da 8ª série do ensino fundamental. Foi o pior resultado desde a introdução desse teste, em 1995.


    Ocorre que, em vez de se empenhar para melhorar a qualidade do ensino básico, em seu primeiro mandato o governo do presidente Lula deu prioridade à expansão do ensino superior. Além do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas a alunos de baixa renda em cursos de graduação, nos últimos anos o MEC criou quatro universidades federais, construiu 48 novos campi em cidades do interior, abriu 10 mil vagas em administração de empresas no projeto piloto da Universidade Aberta e adotou várias estratégias de ação afirmativa em universidades públicas.


    E agora o presidente Lula está prometendo que “produzirá” mais 10 universidades até o fim do seu governo. Em seu depoimento na Câmara, Haddad teve a humildade de reconhecer os equívocos decorrentes da excessiva ênfase que o governo deu à expansão da educação universitária. Tacitamente, admitiu que, em vez de gastar recursos escassos no último nível de ensino, teria sido mais racional aplicá-los na educação básica, para suprir as conhecidas deficiências dos alunos em capacidade de leitura e redação e domínio de técnicas matemáticas elementares.


    O fato de Haddad fazer essa constatação, numa espécie de mea-culpa, é um avanço. Na maioria das vezes, os ministros da Educação atribuem a seus antecessores a responsabilidade pela tragédia da educação. Para corrigir os rumos da política educacional, Haddad afirma que o governo pretende redefinir currículos, desenvolver novos projetos pedagógicos junto aos Estados e municípios, a quem cabe a responsabilidade pela gestão das redes escolares de ensino básico, e aumentar o número de escolas técnicas, cujos cursos são profissionalizantes. Atualmente, há 140 escolas técnicas federais, com 230 mil alunos.

    Mesmo que essas medidas sejam postas em prática imediatamente, reconhece o ministro, elas demoram para surtir efeito. “Podemos estar falando de 10 ou 15 anos para começar a colher os frutos de uma mudança de qualidade nessa etapa da educação básica”, conclui. Após ter perdido tempo e dinheiro agitando bandeiras mais vistosas do que eficazes no âmbito do ensino superior, o governo parece ter-se convencido de que a prioridade número um, no plano do ensino, é a solução do problema salientado pela pesquisa da CNI.



    Real forte leva empresas a investir Volta

    Estado de São Paulo

    30/09/2007

    Empurrada pelo dólar na cotação mais baixa dos últimos sete anos, a indústria brasileira recorre cada vez mais à importação de máquinas , matérias-primas e componentes para compensar parte da perda de competitividade do produto brasileiro. Com o dólar na casa de R$ 1,8, empresas de diferentes setores, como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Coteminas e Indústria Brasileira de Televisores (IBT), desembolsam menos reais para ter acesso a inovações tecnológicas que garantem saltos de produtividade e eficiência em suas fábricas.


    De janeiro a agosto deste ano, a importação de máquinas e equipamentos já passou a representar 42,1% do consumo nacional, ante 39,9% em igual período de 2006. Enquanto a venda de máquinas nacionais aumentou12,7%, as importações deram um salto de 34,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Elas passaram de US$ 7,207 bilhões para US$ 9,681bilhões, informa a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

    'Temos projetos grandes e estamos importando parte das máquinas, mas esse é um benefício aparente', diz Benjamin Steinbruch, dono da CSN. Sua empresa planeja investir US$ 9 bilhões até 2011, incluindo a construção de três novas usinas no País.


    Para Steinbruch, o benefício que o dólar barato pode trazer no curtíssimo prazo, no sentido de reduzir os custos de importação, é muito pequeno quando comparado com seus efeitos negativos no médio e longo prazos. 'É impossível R$ 1,83 valer 1 dólar', diz o empresário. 'Mantidas as condições atuais, esse desequilíbrio terá reflexos fatais no crescimento da economia, emprego e renda, coisas que um país de 200 milhões de habitantes e com a extensão do Brasil não pode abrir mão.' Para ele, o País não pode contar apenas com o mercado interno para se desenvolver. 'Esse dólar barato tem provocado uma concorrência que eu considero até desleal.'


    INTERNACIONALIZAÇÃO

    A Coteminas, um dos maiores grupos têxteis nacionais, vai investir este ano mais de R$ 100 milhões para eliminar gargalos e aumentar a produção de suas fábricas no País. 'Estamos comprando muitos equipamentos estrangeiros, e nacionais também', conta Josué Gomes da Silva, presidente do grupo. No ano que vem, quando os investimentos estiverem concluídos, a capacidade de produção da Coteminas será 15% maior do que em 2006.


    Gomes da Silva, que também é presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), afirma que o crescimento dos investimentos no setor demonstra que o País pode manter o ritmo de queda da taxa básica de juros.


    Segundo ele, o consumo tem crescido num ritmo menor que o do investimento, o que significa que o aquecimento da economia não é inflacionário, porque haverá capacidade de oferta de produtos maior do que a demanda. 'Gostaríamos que, na medida do possível, todos esses investimentos fossem feitos com equipamentos produzidos no País.'


    O grupo mineiro prepara ainda uma nova etapa da internacionalização da sua produção. Os planos incluem uma fábrica na Ásia e outra no Caribe a partir de 2009 para produzir artigos de cama, mesa e banho. 'Estamos terminando os estudos, mas uma indústria têxtil integrada que tenha escala competitiva exige investimento de, no mínimo, US$ 100 milhões.'


    A Indústria Brasileira de Televisores, dona da marca Cineral, investiu US$ 280 mil na compra de maquinário japonês que permitirá à empresa produzir TVs em LCD na sua fábrica em Manaus. De acordo com Abdo Antonio Hadad, presidente da empresa, os modelos de 32 e 42 polegadas estarão no mercado a partir de novembro.


    Depois de ter reduzido em um terço a sua produção de TVs no ano passado, a IBT agora se prepara para voltar aos níveis normais no próximo mês. 'O mercado está se reequilibrando e, ainda que não esteja dando rentabilidade, acreditamos que não vamos perder dinheiro', diz Hadad.


    Segundo ele, a redução de custos obtida com a importação de peças e componentes mais baratos em reais tem dado fôlego para os fabricantes instalados no País fazerem frente à invasão dos importador. 'Os ganhos vêm sendo totalmente repassados para os preços.'


    O presidente da IBT lembra que vários produtos eletroeletrônicos deixaram de ser fabricados localmente e passaram a ser importados, principalmente da Ásia. Um exemplo são os aparelhos para reproduzir DVD, que também eram produzidos pela sua empresa.


    O grupo Amazonas, maior fabricante de componentes de plásticos para a indústria calçadista do País, e uma dos quatro maiores do mundo, já importa quase 30% das matérias-primas que usa em seus produtos. 'Além da diferença de preços, os prazos para pagamento lá fora são mais longos que aqui, e isso contribui bastante para que nossos preços continuem competitivos', observa o diretor Saulo Pucci Bueno.



    Brasil ajuda a criar 1ª biblioteca digital mundialVolta

    Unesco lança neste mês protótipo do portal na internet; Biblioteca Nacional, do governo, faz parte do projeto



    O Estado de São Paulo

    Roberta Pennafort

    02/10/2007



    Na Antiguidade, a Biblioteca de Alexandria, no Egito, com suas centenas de milhares de papiros, era a guardiã do maior acervo cultural e científico do mundo. Inaugurada em 295 a.C., foi destruída pelo fogo em 272 d.C. por ordem do imperador romano Aureliano.



    Na era digital, um projeto da Unesco, a World Digital Library (Biblioteca Digital Mundial), cujo protótipo entra no ar neste mês, tornará tesouros de vários países disponíveis gratuitamente na internet. O portal da WDL terá, na primeira fase, mapas, fotografias e manuscritos digitalizados, tudo com textos explicativos em árabe, chinês, espanhol, inglês, francês, português e russo. Numa segunda fase, será possível consultar livros. Os usuários poderão pesquisar temas como filosofia, história, religião e ciência.


    Grandes bibliotecas estão sendo convocadas a colaborar - e a Biblioteca Nacional foi uma das primeiras a aceitar. Já enviou reproduções de mapas e registros fotográficos raros do País no século 19. Oitava maior do planeta e a número um da América Latina, a instituição é parceira-fundadora ao lado das Bibliotecas do Congresso dos EUA, da Rússia, da Coréia do Sul e da Bibliotheca Alexandrina, inaugurada em 2002.


    Além de dar acesso a imagens, espera-se do Brasil o cumprimento de uma missão importante: atrair países de língua portuguesa e também de língua espanhola para a empreitada.


    PRIMEIRO TESTE


    Um protótipo da WDL vai funcionar a partir do dia 17, na 37ª Conferência-Geral da Unesco, em Paris. Será uma oportunidade para mais países aderirem - e para o Brasil fazer sua campanha com os vizinhos latinos e com as nações de língua portuguesa. “A Biblioteca Nacional é a única da América Latina que está participando. Vamos entrar em contato com os países da região, começando por Argentina, Venezuela e Colômbia”, afirma o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré.


    A Biblioteca Nacional é considerada um modelo para países emergentes por seu bom padrão de digitalização - o processo de transferir obras para o computador foi iniciado em 2003 e intensificado em 2006. “O nível brasileiro é muito bom”, elogia John Van Oudenaren, coordenador do projeto da Unesco. “Se a Biblioteca Nacional compartilhar o que tem aprendido com bibliotecas de outros países, será um grande passo para aumentar a participação. Não faz sentido fazermos acordos com instituições que não têm capacidade de digitalização.”

    Os mais de mil itens que a Biblioteca Nacional vai compartilhar na WDL compõem conjuntos dos mais representativos das Américas. São fotografias do século 19 que fazem parte da coleção Teresa Cristina Maria - doada por d. Pedro II em 1891 e considerada pela Unesco patrimônio da humanidade -, em que se vêem paisagens do Rio, Paraná e Minas. Há também mapas e cartas náuticas dos séculos 16, 17 e 18.


    “A idéia é fazer um grande portal da cultura no mundo. Cada país está mandando o que tem de mais precioso”, explica Liana Gomes Amadeo, diretora do Centro de Processos Técnicos da Biblioteca Nacional. Mais detalhes sobre o projeto, cujo investimento não foi divulgado, estão no site www.worlddigitallibrary.org.

    O maior acervo digital do mundo, hoje, é o da Biblioteca do Congresso Americano (www.loc.gov), iniciado em 1995, com mais de 7,5 milhões de documentos.



    IBM começa a buscar profissionais até nas escolas de ensino médio Volta

    Empresas de tecnologia esgotam a procura por técnicos no mercado e nas universidades e agora vão às escolas



    O Estado de São Paulo

    Ana Paula Lacerda

    02/10/2007



    Após procurar profissionais no mercado de trabalho e nas universidades - e ainda assim não suprir sua demanda -, a IBM resolveu investir em uma nova frente: as escolas de ensino médio. A empresa começou este ano a fazer parcerias com escolas técnicas para incluir em seus currículos disciplinas que cubram as necessidades da empresa. Em contrapartida, a IBM ajuda a treinar os alunos e dá a eles oportunidades de contratação.


    Em um primeiro projeto, fechado em Belo Horizonte com o governo de Minas Gerais, serão treinados 500 jovens, dos quais a IBM se comprometeu a contratar 320. Outras parcerias estão sendo fechadas em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Salvador. 'Resolvemos contratar mais cedo, e deixar que o jovem cresça dentro da IBM', diz a gerente de RH para parcerias educacionais, Sirlene Toledo. Para o ano que vem, a empresa iniciará as parcerias com escolas de ensino médio tradicional. 'Como esses alunos não têm formação técnica, a aproximação e o treinamento são diferentes. Mas ainda assim, há muitas carreiras dentro de TI que eles podem seguir.'


    Essa preocupação da IBM se justifica ao se observar o cenário de TI no Brasil. Um levantamento da consultoria IDC mostrou que atualmente há um déficit de 17 mil profissionais no País, e a Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação (Brasscom) estima que este número salte para 100 mil até 2010 - para que o Brasil tenha pelo menos 1% do mercado mundial. 'Há 45 anos o Brasil é excelente em TI, tanto que nosso mercado interno é muito maior que o da China e da Índia', diz o presidente da Brasscom, Antonio Carlos Gil. 'Porém, o mercado de exportação mundial cresce 40% ao ano, e precisamos aproveitar esta oportunidade.'


    As exportações de software e serviços de TI no Brasil devem ultrapassar US$ 1 bi em 2007, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Isso representa um aumento de 25% em relação ao ano passado. No entanto, o País se encontra muito atrás da Índia, o grande competidor nesse setor. O faturamento indiano para este ano deve chegar à casa dos US$ 31 bi e pode ultrapassar os US$ 100 bi até 2010.


    'Caso consigamos suprir a demanda de profissionais e torná-los fluentes em inglês, o Brasil pode ir muito mais longe', diz Sirlene, da IBM. 'Para a exportação de serviços de tecnologia, o Brasil possui vários pontos fortes: um fuso horário e uma cultura mais próximas dos EUA e até um inglês com menos sotaque que o dos indianos.'


    'As vagas existem, basta focar nas necessidades do mercado', diz o estudante Pedro Bonugli de Lima, da Escola Técnica Camargo Aranha, em São Paulo. A escola é uma das que começou a parceria com a IBM. 'É importante que as empresas tragam a noção de mercado para dentro das escolas. Isso incentiva os jovens, que estão preocupados com o primeiro emprego.'


    Outras empresas também estão organizando parcerias com alunos cada vez mais jovens. Jeff Brennan, vice-presidente da multinacional Altair Engineering, veio ao Brasil no fim de setembro para anunciar parcerias com universidades, desde os primeiros períodos. A empresa fornece softwares para as universidades, que têm prioridade e descontos nos treinamentos da Altair.


    'Na Índia, fornecemos material didático às faculdades. Cada país tem suas dificuldades', diz a gerente geral da Altair no Brasil, Eliane Feliz. 'Suprir toda a mão-de-obra exige esforço prolongado. O governo tem de investir nas escolas e faculdades e as empresas não podem ficar paradas.'


    A Tata Consultancy Services (TCS), empresa de tecnologia do grupo indiano Tata, possui parcerias com cinco universidades brasileiras e também começou sua busca por profissionais no ensino médio técnico. Este ano, a empresa deve contratar pelo menos 70 jovens da Fundação Bradesco, em São Paulo. Porém, o diretor de relacionamento da TCS, Fernando Graton, diz que esses números ainda estão apenas 'apagando incêndios.'


    'Os países querem uma alternativa à Índia', diz. 'Mas para isso o Brasil tem que superar depressa a falta de mão-de-obra e as pessoas têm de estudar inglês.' A Índia, onde há um grande número de pessoas fluentes em inglês, detém 84% do mercado americano de serviços terceirizados; o Brasil tem menos de 1%. Ainda assim, para a Tata, o Brasil é a operação que mais cresce fora da Índia. 'Se o governo investir nas escolas técnicas e as empresas treinarem, o País pode crescer em um negócio de bilhões de dólares. Se não, vai perder um bonde que está passando na porta.'



    Incubadoras de SP seunem em busca de mais recursos Volta

    Rede é formada por 247 empresas de TI, biotecnologia e meio ambiente





    O Estado de São Paulo

    Marianna Aragão

    02/10/2007



    Cerca de 250 jovens e promissoras empresas da área de tecnologia estarão conectadas a partir de hoje, com a criação da Rede de Apoio à Inovação Tecnológica nos Empreendimentos em Criação (Raitec). A Raitec vai integrar companhias de tecnologia da informação, saúde, biotecnologia,eletroeletrônica, metalmecânica e meio ambiente de dez incubadoras do Estado de São Paulo, na tentativa de obter mais financiamentos e espaço no mercado. 'Queremos aumentar a taxa de sucesso das empresas incubadas', diz o coordenador da Raitec, Oscar Enrique Nunes.


    Para isso, elas receberão nos próximos dois anos a ajuda extra de R$ 981 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O auxílio é adicional porque todas as 247 empresas já estão incubadas, ou seja, já usufruem de espaço físico e estrutura como telefone, água, luz e computador a custos menores que os de mercado. Além disso, recebem treinamento especializado em negócios e acesso a consultores, cursos e laboratórios. Os recursos do Finep serão destinados a participação em atividades como consultorias em propriedade intelectual, requisição de patentes e registro de marcas e certificações.


    O número de incubadoras mais que dobrou nos últimos cinco anos no Brasil. Segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em 2006 existiam 359 entidades como essas funcionando no País, ante 150 em 2001. São mais de 4 mil empreendimentos incubados. Segundo o coordenador do Raitec, o suporte nos primeiros passos aumenta as chances de sobrevivência da empresa após sua chegada ao mercado. 'A taxa de sobrevivência de um negócio que passou de um a quatro anos incubado chega a 80%, ante 50% dos negócios que nasceram sem o apoio', diz Nunes.


    A Adespec, que produz um tipo de adesivo e selantes à base de água para uso industrial e doméstico retrata bem o impacto do período na trajetória de uma empresa. A companhia surgiu de uma necessidade da engenheira química Wang Shu Chen, que, quando trabalhava em uma multinacional da área química, teve uma leucemia por causa da exposição a solventes. Depois de tratar a doença, Chen desenvolveu a 'cola ecológica' e incubou o projeto na Cietec, da Universidade de São Paulo (USP). 'Lá, o empresário não precisa pensar em mais nada, a não ser em seu projeto', diz o diretor Flávio Lacerda.


    Além da estrutura física oferecida pelo Cietec, a proximidade com a universidade facilitou o crescimento do negócio. 'Muitas empresas de ponta vêm até aqui verificar o que está sendo feito', conta Lacerda. Numa dessa visitas, a construtora Gafisa conheceu o projeto da Adespec e firmou um contrato para o uso da cola em suas obras. Em seguida, vieram parcerias com a Cebrace, do grupo francês Saint-Gobain, e a Eternit. 'A experiência foi tão positiva que decidimos prorrogar a incubação no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).'


    Em março deste ano, a Adespec recebeu um aporte de capital do fundo de investimentos Rio Bravo, do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. Os diretores da Adespec não revelam o valor do investimento, mas afirmam que é o suficiente para levar a empresa a um faturamento de R$ 50 milhões num prazo de cinco anos. Este ano, a expectativa é de uma receita de R$ 3 milhões.

    Mas engana-se quem pensa que a empresa deixou as salas da Cietec. Mesmo com a inauguração da fábrica em Taboão da Serra (SP), no ano passado, a Adespec está desenvolvendo um novo produto na incubadora da USP.


    Manter 'células' de empresas nas incubadoras não é uma situação incomum. O laboratório farmacêutico Eurofarma, por exemplo, tem projetos da sua área de pesquisa e desenvolvimento sendo desenvolvidos no Cietec. 'Diferentemente do que a maioria pensa, nem todos os projetos vêm da academia. Eles representam apenas 35% do total', explica Nunes, da Raitec.



    Embraco cria micro compressorVolta

    Valor Econômico

    Vanessa Jurgenfeld
    02/10/2007





    A Embraco, fabricante de compressores, principalmente para a chamada linha branca, está abrindo as portas de um novo mercado: refrigeração por meio de microcompressores. A empresa, que fechou uma parceria com a Intel e mostrou há poucos dias pela primeira vez o seu produto no Intel Development Forum, em São Francisco (Estados Unidos), desenvolveu uma tecnologia para ser usada na refrigeração de microprocessadores, utilizados nos computadores. O microcompressor melhora o desempenho dos processadores e tem previsão de chegar ao mercado entre o fim de 2008 e início de 2009.



    A pesquisa começou em 2004, depois que a Embraco foi procurada pela Intel para desenvolver a nova tecnologia. "Foi um encontro interessante porque a eletrônica gera calor e somos especialistas em gerar frio, e há necessidade de refrigerar os microprocessadores de laptops e desktops para que melhorem sua performance", diz Edu Machado, gestor de marketing da Embraco.



    Esta foi a primeira parceria entre Embraco e Intel. Segundo Machado, o microcompressor deverá entrar em produção efetivamente entre 2008 e 2009, mas neste momento ainda não se tem dados de quanto será o volume de produção. Ainda está em análise se a forma encontrada é de fato a melhor ou se é possível avançar ainda mais. Além de dúvidas sobre o potencial de comercialização da tecnologia.



    Já se sabe, no entanto, que as lan houses serão um mercado potencialmente forte, assim como demais usuários de jogos e de programas de animação, que acabam exigindo o máximo de velocidade dos microprocessadores, o que acaba gerando mais calor. São vistas como um mercado atraente também as instalações com restrições de espaço, como as dos computadores "slim" (pequenos e com design aprimorado - LifeStyle PCs), utilizados não só para processar textos e planilhas, mas também para centralizar vídeo, áudio, internet e comunicação nas residências. Machado cita como grandes mercados principalmente os Estados Unidos e a Ásia.



    Na apresentação justamente nos Estados Unidos, os primeiros microcompressores foram colocados em docking stations (suporte para computador portátil), após 18 meses de desenvolvimento. Segundo o executivo da Embraco, o microcompressor atua como um sopro de ar gelado dentro do computador, e nas pesquisas realizadas pelas duas empresas, já se sabe que ele pode melhorar em 10% a performance do processador, um número considerado bom pelo executivo, por ser a Intel referência na fabricação desses produtos.



    De acordo com Fabrício Possamai, líder do projeto, a pesquisa contou ainda com participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que ajudou nos testes e na definição do design. O produto é um pouco mais curto do que uma caneta, tem 100 milímetros de comprimento e 17 milímetros de diâmetro, um volume 10 vezes menor do que o de um compressor comum.

    A princípio, o contrato entre Embraco e Intel estabelece que ele só será comercializado em computadores que contarem com o processador. Isso terá validade por um determinado período. Machado explica, no entanto, que outras pesquisas com microcompressores estão sendo feitas e suas aplicações poderão ser expandidas para outras funções que não só no campo da informática. A Embraco acredita no potencial desta nova tecnologia aplicada em outros segmentos, como até mesmo na medicina, em tratamentos que exibem o resfriamento de determinadas partes do corpo humano.



    O valor investido na pesquisa não foi revelado, mas ela faz parte dos 3% do faturamento anual da empresa que são voltados à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Desde maio de 2006 a Embraco atua, no Brasil, sob a razão social Whirlpool S.A., em função da junção com a Multibrás S.A. Eletrodomésticos.






    Especialistas questionam qualidade do etanol Volta

    Valor Econômico

    The Economist, de Emeryville, Redwood City e San Carlos
    02/10/2007



    Certas vezes, simplesmente faz-se algo porque se sabe fazê-lo. As pessoas sabem como fazer etanol desde a aurora da civilização, se não antes. Pegue algum líquido açucarado. Agregue levedura e aguarde. Também sabem, há mil anos, como extrair o etanol desse líquido açucarado, de forma mais ou menos pura. Basta esquentá-lo, capturar o vapor emanado e esfriá-lo até liquefazê-lo.

    O resultado é combustível. Quando Henry Ford fazia experiências em motores de carros há um século, ele tentou usar o etanol como combustível e acabou o rejeitando, por bons motivos. A quantidade de calor que se obtém queimando um litro de etanol é cerca de 30% menor do que com um litro de gasolina. Além disso, absorve água da atmosfera. A não ser que seja misturado com outro combustível, como a gasolina, o resultado é que a corrosão pode arruinar as juntas do motor em um par de anos. Então, por que, de uma hora para outra, o etanol voltou a estar na moda? Essa é a pergunta que muitos biotecnólogos nos Estados Unidos vêm se fazendo recentemente.



    A resposta óbvia é que, por ser derivado das plantas, o etanol é "verde". O dióxido de carbono produzido com a queima do etanol, veio da própria atmosfera. Devolver esse CO2 ao ar, portanto, não tem impacto negativo no clima. Embora isso seja real, o verdadeiro motivo pelo qual o etanol tornou-se a alternativa "verde" preferida à gasolina é que as pessoas sabem como fazê-lo - isso e os subsídios agora disponíveis nos Estados Unidos para que os agricultores de milho produzam a matéria-prima. Esses fatores, contudo, não impedem que o etanol seja um combustível de má qualidade. Para solucionar isso, argumentam os biotecnólogos, é preciso fazer um combustível que seja melhor, mas igualmente "verde". É nisso que trabalham atualmente.



    O primeiro passo foi o butanol. Também é um tipo de álcool que pode ser feito a partir da fermentação do açúcar (embora a fermentação seja feita por bactérias e não pela levedura), mas tem algumas vantagens sobre o etanol. Tem mais átomos de carbono em suas moléculas (quatro, em vez de dois), o que significa mais energia por litro. Ainda assim, é apenas 85% tão potente como a gasolina. Outro ponto positivo é que absorve menos água da atmosfera.



    Um empreendimento conjunto entre a DuPont, gigante química dos EUA, e a petrolífera britânica BP desenvolveu uma forma de industrializar o processo de produção do biobutanol, como o produto é conhecido quando é resultante da fermentação. Embora a BP planeje começar a venda apenas nas próximas semanas (misturado com gasolina, no início), a verdade é que o butanol não é muito melhor do que o etanol.



    Outro caminho pode ser o das moléculas de álcool ainda maiores e, portanto, mais ricas em energia. Qualquer álcool simples é composto por certo número de átomos de hidrogênio e carbono (da mesma forma que um hidrocarboneto como a gasolina) agrupados com um átomo único de oxigênio. Na prática, esse jogo de elevar o conteúdo de carbono, para ter um combustível melhor, pára no octanol (oito átomos de carbono), já que qualquer composto acima disso tende a congelar em temperaturas muito baixas. Mas, os seres vivos têm proximidade com os alcoóis. Suas enzimas podem ser estruturadas como tal. Isso facilita a tarefa dos biotecnólogos.



    A idéia de projetar enzimas para produzir o octanol foi levantada pela primeira vez pela Codexis, uma pequena empresa californiana de biotecnologia. A tecnologia da Codexis funciona com precisão farmacêutica - de fato, um de seus principais produtos comerciais é o sistema de enzimas que produz o precursor químico do Lipitor, o tratamento contra colesterol da Pfizer. A Codexis controla a maioria das principais patentes do que se conhece como evolução molecular. Projetam-se enzimas da mesma forma que a evolução normal projeta organismos. Isso cria muitas variações de um mesmo tema. Descartam-se as que não servem e mistura-se o resto em um processo similar ao sexo. Repete-se o processo com os sobreviventes até que surja algo útil - embora, ao contrário da evolução natural, também exista algo de design inteligente no processo. O resultado, segundo o chefe da Codexis, Alan Shaw, são enzimas que podem desempenhar transformações químicas desconhecidas na natureza.



    Shaw, entretanto, não está mais tão interessado no octanol como combustível. Assim como duas outras rivais próximas, ele agora centra a atenção da Codexis em moléculas ainda mais similares à gasolina. A diferença é que, ao contrário da gasolina, na qual cada lote da refinaria é quimicamente diferente do outro (porque o petróleo bruto do qual é derivado é uma mistura arbitrária de moléculas de hidrocarbonetos), a biogasolina poderia ser produzida exatamente igual, de novo e de novo, e, portanto, elaborada para apresentar uma mistura perfeita das propriedades requeridas para um motor.



    Shaw ainda não está disposto a dizer exatamente em quais moléculas a Codexis tem interesse. A Amyris Biotechnologies, também da Califórnia e que também começou com medicamentos (no seu caso, em um remédio contra a malária chamado artemisinina) é um pouco mais aberta. Sob direção do fundador Jay Keasling, vem trabalhando em um tipo de isoprenóide (classe de substância química que inclui a borracha).



    Diferentemente da Codexis, que lida com enzimas purificadas, a Amyris emprega uma técnica chamada biologia sintética, que transforma organismos vivos em reatores químicos ao criar novos caminhos bioquímicos entre eles. Keasling e seus colegas esquadrinham o mundo atrás de enzimas apropriadas, as ajustam para que funcionem melhor e então costuram os genes das enzimas manipuladas em uma bactéria, que se transforma no produto desejado. É assim que produziram a atermisinina, também um isoprenóide.

    Os isoprenóides têm a vantagem de, assim como os alcoóis, serem parte da bioquímica natural de vários organismos. As enzimas para manipulá-los, portanto, são fáceis de encontrar. Ainda têm a favor o fato de que alguns são hidrocarbonetos puros, como a gasolina. Com um pouco de procura minuciosa, a Amyris acredita que pode conseguir algum isoprenóide com as características certas para substituir a gasolina.



    A terceira firma californiana do setor, LS9, vai direto ao ponto. Se é gasolina que se quer, então é gasolina que será entregue. E diesel também, embora, neste caso, o produto em questão, na verdade, seja biodiesel, que é, em algumas formas, superior ao material resultante do petróleo.



    A empresa também usa a tecnologia sintética, mas concentra-se em encontrar caminhos para fazer ácidos graxos. Assim como os alcoóis, os ácidos graxos são moléculas com montes de átomos de carbono e hidrogênio e uma pequena quantidade de oxigênio (no caso dois átomos, em vez de um). Os óleos vegetais consistem em ácidos graxos combinados com glicerol - e esses ácidos graxos (por exemplo, os do óleo de palma) são a principal matéria-prima para o biodiesel vendido atualmente.



    A LS9 usou a tecnologia para transformar micróbios em fábricas de ácidos graxos contendo entre 8 e 20 átomos de carbono - os números ideais para o biodiesel. Também planeja fazer o que chama de "biopetróleo bruto". Nesse caso, os ácidos graxos teriam entre 18 e 30 átomos de carbono e o estágio final do caminho sintético cortaria os átomos de oxigênio para criar hidrocarbonetos puros. Este biopetróleo poderia alimentar diretamente as refinarias de petróleo atuais, sem a necessidade de modificá-las.



    Essas empresas, contudo, têm outro concorrente. Seu nome é Craig Venter, um veterano da biotecnologia da época da patente dos genes do projeto do genoma humano e que, há um bom tempo, também está interessado na bioenergia. De início, o que chamou sua atenção foi o hidrogênio. Depois, o metano. Ambos são produtos naturais das bactérias. Agora seus olhos voltam-se para os combustíveis líquidos. Sua empresa, modestamente chamada Synthetic Genomics, ao contrário das outras, tem sede no leste dos EUA. A empresa reluta em discutir detalhes. Venter chega até a postular a idéia de testar os biocombustíveis - aparentemente, contrapondo uns aos outros e, possivelmente, usando produtos resultantes do petróleo como padrão de comparação, sem que os motoristas saibam qual é qual.



    Se os biocombustíveis alguma vez serão competitivos em relação aos combustíveis fósseis ainda é algo a se saber. Isso dependerá de uma combinação de questões econômicas e políticas. Mas, a pressa política em apoiar o etanol, apenas por tratar-se de um combustível verde e porque as pessoas o conhecem é um erro. Vamos ver as flores desabrocharem para saber quem vence o grande prêmio de Venter. (Tradução de Sabino Ahumada)



    Inovação vaisubstituir importados Volta

    Jornal do Commercio

    01/10/2007

    Bio-Manguinhos unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que é o maior centro produtor de vacinas e kits para diagnóstico de doenças infectoparasitárias da América Latina ganhará a primeira planta de protótipos do País para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos e a fabricação de medicamentos estratégicos para a política de saúde pública, usados no tratamento de doenças como câncer, AIDS, hepatite B e C e anemias associadas à insuficiência renal crônica. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento no valor de R$ 30 milhões, com recursos não reembolsáveis do Fundo Tecnológico (Funtec), para a construção da planta em Bio-Manguinhos, unidade que desenvolve imunobiológicos para atender às demandas da saúde pública.


    "A nova planta vai viabilizar a produção em escala laboratorial e industrial, permitindo a transição do desenvolvimento tecnológico para a produção do medicamento", explica o médico veterinário Akira Homma, diretor de Bio-Manguinhos. Assim, vai ser preenchido o vazio existente hoje entre as atividades de pesquisa básica e o desenvolvimento de produtos. A planta de protótipos permitirá ao Brasil produzir medicamentos que hoje são importados. "A prioridade continuará sendo suprir o mercado nacional, o Sistema Único de Saúde (SUS), mas o excedente de produção poderá ser exportado", prevê o diretor do Instituto.


    Bio-Manguinhos tem um dos maiores e mais modernos parques industriais de vacinas da América Latina. O Instituto é o maior fornecedor de imunobiológicos do Ministério da Saúde, suprindo 47% da demanda de vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Para atender aos programas nacionais de saúde pública, a unidade conta com cerca de 900 colaboradores. O Complexo Tecnológico de Vacinas de Bio-Maguinhos, onde está localizado o Centro de Processamento Final, tem capacidade para produção de 300 milhões de doses de vacinas, entre elas tríplice viral, contra sarampo, poliomielite, meningite meningocócica, difteria, tétano, coqueluche, rotavírus a mais recente. "O Brasil é o maior produtor mundial de vacina contra febre amarela. Exportamos esse medicamento para 61 países, com receitas geradas de US$ 100 milhões", destaca Homma.


    Bio-Manguinhos tem hoje em carteira 20 projetos de desenvolvimento tecnológico, candidatos, numa etapa posterior, a seguir para a planta de protótipos. "A conclusão da obra está prevista para o final de 2008. Mas a certificação pelos órgãos reguladores será feita em meados de 2009, quando a planta efetivamente entrará em operação", informa Homma. Atualmente, Bio-Manguinhos importa de Cuba componentes ativos para a produção de alguns medicamentos. Já com o novo empreendimento será possível conduzir internamente todo o processo de desenvolvimento e adaptação tecnológica, assim, a produção poderá incluir desde o princípio ativo até o medicamento pronto para o consumo.


    Apesar de o Brasil importar medicamentos biotecnológicos, a dependência internacional vem sendo reduzida a partir de iniciativa da Fiocruz, que tem contratos de transferência de tecnologia firmados com vários países. Somente com Cuba, a Fundação, vinculada ao Ministério da Saúde, tem contratos que incluem medicamentos para o tratamento de hepatite, alguns tipos de câncer e anemia profunda.



    A idade da razão Volta

    Frutos do Biota-FAPESP são repartidos entre universidades e ganham perenidade



    Revista Pesquisa

    Fabrício Marques

    Edição Impressa Setembro 2007

    Edição 139

    São abundantes os frutos do programa Biota-FAPESP. Desde sua criação em 1999, o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo permitiu a descrição de mais de 500 espécies de plantas e animais espalhados pelos 250 mil quilômetros quadrados do território paulista, produziu 75 projetos de pesquisa, 150 mestrados e 90 doutorados, além de gerar 500 artigos em 170 periódicos, 16 livros e dois atlas, graças a um investimento médio anual de US$ 2,5 milhões feito pela FAPESP. Os frutos do Biota amadureceram a ponto de alçar o programa a uma nova fase. Um acordo de cooperação acadêmica celebrado em agosto vai garantir a perenidade da iniciativa ao vincular sua estrutura às três universidades estaduais paulistas. A partir de agora, elas se tornarão responsáveis pela manutenção das ferramentas de pesquisa do Biota, considerado um dos maiores programas de estudo da biodiversidade já feitos no mundo. “Chegou a hora da rotina de manutenção – como geração de back-ups e atualização de softwares – de tudo o que foi feito e essa tarefa não cabe à FAPESP, pois não se trata de um trabalho de pesquisa”, diz Carlos Alfredo Joly, mentor e ex-coordenador do Biota, professor titular do Departamento de Botânica/IB e coordenador do programa de doutorado em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).



    Nos últimos oito anos, a administração do Biota-FAPESP dependeu de uma comissão de pesquisadores que atuava de forma avulsa, sem dispor de uma estrutura permanente para eventos, publicações ou atualização do banco de dados. Cada uma dessas atividades exigia a solicitação de recursos específicos. Com a institucionalização do programa, tais atividades serão fortalecidas. A Unicamp e o Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad), por exemplo, serão responsáveis pela página do programa na internet, pelo Sistema de Informação Ambiental do Biota (SinBiota) e pela revista eletrônica Biota Neotropica, desde a estrutura física até o pagamento de pessoal que fará manutenção e atualização dos bancos de dados e softwares. A plataforma do SinBiota relaciona as informações geradas pelos pesquisadores a uma base cartográfica digital, que permite a difusão da informação sobre a biodiversidade paulista. A ferramenta virtual contabiliza registros de aproximadamente 56 mil espécies encontradas em São Paulo (44 mil de vida terrestre, 8 mil de água marinha e 4 mil de água doce). A revista Biota Neotropica, periódico eletrônico editado pelo Biota-FAPESP, publica resultados de pesquisas que abordam a caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade na região neotropical e já atingiu a marca de mil usuários por dia.



    Fármacos - Já a Universidade Estadual Paulista (Unesp) se responsabilizará pelo banco de dados e de extratos da Rede Biota de Bioprospecção e Bioensaios (BIOprospecTA). Um prédio será construído no Instituto de Química, em Araraquara (SP), para abrigar esse acervo, parte do qual, por ter possível interesse econômico, será franqueada apenas a pesquisadores cadastrados. O BIOprospecTA nasceu como um subprograma do Biota voltado para o desenvolvimento de fármacos, cosméticos e defensivos agrícolas a partir de extratos vegetais ou moléculas de plantas e animais encontrados em São Paulo. A Universidade de São Paulo (USP), por meio de unidades como o Instituto de Física, em São Carlos, a Faculdade de Medicina, o Instituto de Ciências Biomédicas e o Instituto de Química, em São Paulo, ficará incumbida dos testes clínicos com moléculas sintetizadas em laboratório a partir da base do BIOprospecTA . Os custos da secretaria do programa e da revista Biota Neotropica serão divididos entre Unicamp e USP. “A avaliação é que a institucionalização exigirá US$ 4 milhões, nos próximos oito anos, para salários de secretaria e analistas de sistemas, reforma de infra-estrutura para armazenar bancos de dados e outras despesas”, diz Joly.



    Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, a institucionalização permitirá que o programa ande com suas próprias forças. “É um pouco como se o Biota fosse um spin-off da FAPESP. A expectativa é que isso aumente a abrangência do programa e seu impacto nas políticas públicas se torne ainda maior”, afirmou. Brito Cruz lembrou ainda a participação fundamental de Joly para o sucesso do Biota. “É notável a capacidade da comunidade científica de se articular no tema da biodiversidade, mas um empreendimento dessa magnitude, embora seja de construção coletiva, só decola quando há a atuação heróica de alguns indivíduos com espírito de liderança. Por isso, é importante destacar a atuação do professor Joly em toda a trajetória do programa”, afirmou. Joly lembra, contudo, que a ajuda da FAPESP continuará sendo fundamental quando for preciso desenvolver novas ferramentas para o Biota. “Claro que continuaremos em busca de novidades e apresentaremos novos projetos de pesquisa à FAPESP para desenvolver as ferramentas do futuro do Biota”, diz.



    A solenidade que definiu a institucionalização do programa Biota-FAPESP teve a presença de Michel Loreau, da Universidade McGill, em Montreal, Canadá, e vice-presidente do comitê executivo do Mecanismo Internacional de Expertise Científica em Biodiversidade (Imoseb), criado recentemente para organizar e sintetizar o conhecimento científico sobre a biodiversidade e abastecer de informações os governos e formuladores de políticas públicas nessa área, especialmente a Convenção sobre a Diversidade Biológica. Loreau tinha uma boa notícia: um dia antes reuniu-se na FAPESP com representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, que aceitaram fazer uma consulta à comunidade científica do país acerca dos termos em que o Brasil poderia participar do Imoseb.



    A decisão representou uma guinada na posição do país sobre o tema. Há dois anos, a diplomacia brasileira rejeitara um chamamento para integrar os cientistas brasileiros ao Imoseb, temerosa de que a vulnerabilidade do país no cuidado com sua biodiversidade pudesse fragilizá-lo em outras negociações multilaterais. O governo brasileiro, no entanto, só integrará o processo do Imoseb se a participação se der no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), principal fórum mundial na definição de leis e políticas para questões relacionadas à biodiversidade. “Há muito interesse em ajudar a promover políticas públicas internacionalmente, mas há um receio de que se crie mais um mecanismo, sendo que a CDB já existe e não consegue implementar suas decisões”, afirmou Bráulio Dias, gerente de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. Os pesquisadores do Programa Biota/FAPESP festejaram essa mudança de posição do governo e estão empenhados em participar da estruturação do processo de consulta à comunidade científica brasileira. “É imprescindível que a Academia Brasileira de Ciências e a SBPC participem da organização desta consulta”, afirma Joly.



    UCP promove Semana de Engenharia e InformáticaVolta

    Mídia eletrônica: Universia Brasil

    http://www.universia.com.br

    01/10/2007



    A UCP (Universidade Católica de Petrópolis) vai promover nessa semana um evento inteiramente dedicado aos setores de Engenharia e Informática. A programação será aberta hoje, às 18h, no campus da Rua Barão do Amazonas, com solenidade que terá a presença do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.



    Ele subirá a serra para falar sobre o ensino superior no Brasil. A Semana de Engenharia e Informática da UCP também vai marcar a realização do Seminário de Energia para o Desenvolvimento - que terá a participação de entidades ligadas ao Sindicato Interestadual das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia) - e do 1º Encontro de Ciência e Tecnologia Padre Aguiar - ligado à programação nacional da Semana de Ciência e Tecnologia, organizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.


    Segundo o reitor da Universidade Católica de Petrópolis, padre José Maria Pereira, a realização da Semana de Engenharia e Informática da UCP vai levar a instituição para o centro das discussões nacionais dos dois setores. "Traremos para a cidade profissionais altamente qualificados para discutir temas atuais não só para a comunidade acadêmica e científica mas também para o público em geral. Tenho certeza de que todos que forem prestigiar o evento sairão satisfeitos", afirmou. Entre as presenças confirmadas na programação estão pesquisadores do centro de pesquisa da Petrobras (Cenpes), representantes do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).


    Integrante do Comitê Organizador do Seminário de Energia para o Desenvolvimento, o engenheiro mecânico Carlos Saboia Monte, afirmou que o evento interessa a todos. "Vamos abordar temas referentes tanto ao fator econômico quanto ao fator inclusão social. Temos que lembrar que, sem energia, o cidadão sente-se excluído da sociedade. Ele não pode ter uma geladeira ou uma televisão, por exemplo", explicou.



    Ao todo, o seminário terá quatro palestras, que vão provocar discussões sobre o tema. Entre os debates estão os que vão tratar de eficiência energética, que trará à tona temas como a conservação de energia. "Vamos mostrar que em casa, na escola ou nas indústrias mudanças simples podem contribuir para um melhor aproveitamento da energia".


    A Semana de Engenharia e Informática da UCP, que começa nesta segunda-feira e termina na sexta-feira, dia 5, é uma realização da universidade, com o patrocínio do Conselhor Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA). Também tem o apoio de empresas como Ampla, Aalborg, Carbografite, GE Celma, Dubby, I3E e Compuland. Ainda são apoiadores a Fundação Dom Cintra e do Senai. A programação é aberta ao público e a entrada é franca, mas para participar de alguns eventos é precuso fazer a inscrição. É possível ter acesso à programação completa do evento no site www.ucp.br.


    Fonte: UCP

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