quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Queijo Minas artesanal será valorizado por identidade geográfica Volta
Mídia eletrônica: Jornal Araxá
http://www.jornalaraxa.com.br
03/10/2007
Produto vai ser certificado em quatro regiões: Araxá, Serra da Canastra, Serro e Alto Paranaíba
O queijo Minas artesanal produzido nas regiões da Serra da Canastra, Serro, Araxá e Alto Paranaíba será o próximo produto da agroindústria mineira a ganhar certificação de origem, por meio da Indicação Geográfica (IG). A informação partiu da coordenadora da área de Incentivo à Indicação Geográfica (CIG) de Produtos Agropecuários, do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária, Bivanilda Almeida Tapias. O setor que coordena faz parte da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com a técnica, a denominada Indicação Geográfica atende a demanda dos próprios produtores para a proteção de algum produto agropecuário, que tenha uma identidade cultural e geográfica própria. O processo, que deve ser encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), leva em conta levantamento histórico sobre o produto. O resultado é a emissão de um certificado e um selo de IG pelo InpiI. "Essa indicação agrega valor e atribui reputação aos produtos, uma vez que eles passam a ter uma identidade única, que os distingue de seus concorrentes. Além disso, ela beneficia todos aqueles do lugar que exploram aquela atividade e contribui para o desenvolvimento socioeconômico daquela região", explica.
Ela acrescenta, ainda, que a IG é um tema dentro da propriedade industrial. É uma forma de proteger uma criação, fazer uma certificação de origem, via propriedade industrial. "É específica para proteger um patrimônio cultural, uma tradição, para alguns produtos agropecuários", diz. Hoje, no Brasil, são protegidos por indicações geográficas os vinhos e espumantes do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; o café do Cerrado mineiro; a carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, no Rio Grande do Sul; e a cachaça de Parati, no Rio de janeiro. Em nível mundial, alguns exemplos notórios de IG são: os vinhos tintos da região de Bordeaux, os presuntos de Parma, os charutos cubanos, os queijos Roquefort, o Champanhe, na França, os cítricos de Valência, o azeite de oliva de Toledo, entre outros.
Inovação e EmpreendedorismoVolta
Mídia eletrônica: JC Online
http://jc.uol.com.br
03/10/2007
A inovação e o empreendedorismo são como irmãos gêmeos: parecem iguais, mas, na verdade, são distintos. Enquanto o empreendedorismo não exige necessariamente que a pessoa seja inovadora, a inovação exige do inovador o espírito empreendedor.
Podemos perceber isso mais claramente quando tomamos como exemplo uma pessoa que investe em uma franquia de loja, restaurante fast food ou em qualquer outro tipo de negócio que depende de uma terceira pessoa que oferece um conhecimento ou uma marca pré-estabelecida. Enquanto essa pode ser considerada uma pessoa empreendedora, ela não é necessariamente inovadora. É preciso esclarecer que não há demérito em ser empreendedor sem ser inovador; afinal de contas, o empreendedor precisa de coragem, determinação, muito esforço pessoal, comprometimento, todos os valores intrínsecos, característicos e próprios destes heróis da gestão de negócios.
Adotando as franquias como exemplo de empreendedorismo que não está ligado diretamente à inovação, podemos dizer que elas, muitas vezes, estão na fase de implementação de algum inovador, que está implantando algo inovador. Ou seja, aquele que criou a franquia pode ter criado algo novo, seja como modelo de negócio, seja com produtos ou serviços inovadores com base tecnológica ou não.
Dessa forma, os empreendedores que estão dispostos a investir nas idéias de outros estão, na verdade, comprando um conhecimento que não possuem e estão também se associando a um grupo de empreendedores que investem na mesma marca ou bandeira. No entanto estes empreendedores ficam limitados aos padrões, à estética, ao comportamento e à criação dos donos da franquia. Estes empreendedores podem até tentar inovar em alguns aspectos que envolvem o seu negócio, mas essa não é a regra.
Assim, as pessoas que têm um perfil empreendedor, mas que gostam de estar livres para inovar e desenvolver suas próprias idéias devem pensar duas vezes antes de se tornarem empreendedores através destes tipos de negócios, pois pode ser bastante frustrante não poder dar suas contribuições e mudar algumas coisas em um negócio que, afinal de contas, também é seu.
Por outro lado, os próprios donos de franquias deveriam buscar ser mais inovadores. Sugiro que eles procurem adotar modelos de gestão da inovação que permitam que os franqueados participem dos processos de inovação dos negócios. Afinal, as próprias franquias em um primeiro momento foram inovadoras por terem criado algo que atraiu outros empreendedores dispostos a investir na sua rede. Ou seja, em um primeiro momento, eles foram inovadores, mas depois querem engessar o modelo porque acreditam ser esta uma fórmula de sucesso que não deve ser alterada.
Até podemos entender que algumas franquias não aceitem mudanças e inovações de forma aleatória, por medo que isso afete o padrão de qualidade, mas isso não é impeditivo para se ter um modelo de negócios que permita a criação de inovações. Um exemplo de franquia que conseguiu superar parte dessa visão engessada foi a McDonalds quando adotou uma nova visão estratégica com uma regionalização de produtos e serviços. Hoje podemos ver água de côco nas redes do Brasil e pão croissant na França. Essas novidades que as franquias adotam não podem jamais perder o padrão de qualidade, mas também não podem deixar de se adequar às mudanças comportamentais e vontades do mercado consumidor em que se está inserido.
Tudo isso serve de exemplo para entendermos que os valores de um empreendedor são similares aos dos inovadores. Por exemplo, percebemos que os empreendedores e os inovadores precisam ter como premissa a interdisciplinaridade ao estudar um assunto, ganhar conhecimento e informação. Da mesma forma, para melhor utilizar a sua imaginação, eles precisam ter um espírito livre, a mente aberta aos novos conceitos, às novas tecnologias e às novas formas de trabalhar.
No entanto alguns empreendedores sem perfil inovador param de estudar e de buscar novos conhecimentos ao atingirem o nível de sucesso que eles esperavam chegar, passando a uma acomodação natural do ser humano. Há também os inovadores que acham que a inovação é um fim em si mesmo. Recentemente, tive a oportunidade de conversar com um dos inventores do primeiro medicamento para o HIV totalmente nacional. Segundo ele, quando o produto deixou de ter uma margem de lucro de mais de 10.000% (isso mesmo!), passando a proporcionar "apenas" 200% de lucro, seus sócios deixarem de considerar aquele produto como interessante. Será que essas margens finais ainda não seriam boas o suficiente para gerar recursos para a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos? Ou seja, faltou espírito empreendedor e sobrou espírito inovador.
Como podemos ver, os empreendedores que são inovadores normalmente são aqueles que têm mais sucesso. Da mesma forma, aqueles que querem ser inovadores devem ser empreendedores para ter mais chances de sucesso.
É óbvio que ser empreendedor e inovador ao mesmo tempo aumenta muito os riscos do negócio. Por isso, o processo de incubação, com o uso de testes de mercado e de campo, de modelos e protótipos, é fundamental para minimizar os riscos antes do empreendedor-inovador partir para um investimento mais intensivo.
Agora que você sabe distinguir melhor entre os irmãos gêmeos empreendedores e inovadores, procure pelo irmão inovador que existe dentro de cada um de nós. Mas lembre-se que, para ser inovador, não basta querer, há de se pôr em prática.
Inovação tecnológica nas empresasVolta
Mídia eletrônica: Portal Moveleiro
http://portalmoveleiro.com.br
Por Jorge Santana Oliveira*
03/10/2007
Queiramos ou não, vivemos hoje tempos de alta concorrência no mundo dos negócios. Este cenário força empresas a buscarem diferenciais competitivos capazes de lhes assegurar crescimento e, muitas vezes, a própria sobrevivência. Melhores práticas de gestão e de governança, criatividade, ousadia, qualidade e investimentos no capital humano são ingredientes fundamentais do receituário da nova era. Associativismo e cooperação têm igual importância, particularmente quando a voracidade tributária dos governos já ultrapassa a fronteira do confisco fiscal.
Existe um outro componente vital para a competitividade das empresas e que não pode ser negligenciado: a inovação tecnológica. Muitas empresas, independentemente do porte, ainda não se deram conta de que investir em inovação é imperativo para o futuro dos negócios. Buscar inovar todo o tempo é uma atitude capaz de transcender o limite confortável do crescimento vegetativo, podendo proporcionar níveis acelerados de expansão. Ocorre que inovar não é apenas uma crença ou uma disposição. Significa firmar parcerias efetivas com instituições de pesquisa como universidades, para investimentos que possam gerar produtos e serviços inovadores.
Muitos dirão que a distância entre as universidades e as empresas sempre foi intransponível. Só que esse quadro começa a mudar com a promulgação da Lei de Inovação, uma iniciativa do Governo Lula, merecedora de aplausos, que objetiva o fortalecimento do sistema nacional de inovação, prevendo mecanismos que facilitem a integração entre centros de pesquisa e empresas.
A novidade de maior destaque desta lei fica por conta da determinação de que o Poder Executivo encaminhará um projeto de lei ao Congresso Nacional, num prazo de 90 dias, em que se estabelecerá novo regime fiscal que facilite e incentive as empresas a investirem em pesquisa e desenvolvimento.
Um outro aspecto favorável ao setor produtivo é a permissão dada pela lei para o uso de laboratórios, equipamentos e instrumentos, materiais e outras instalações das instituições científicas e tecnológicas, por prazo determinado e mediante remuneração, contrapartida ou participação nos resultados. Para os pesquisadores envolvidos em pesquisa colaborativa é assegurada a participação nos ganhos econômicos da instituição científica e tecnológica resultantes de contratos de transferência de tecnologia ou exploração de criação protegida da qual tenham sido inventores.
O valor é limitado a um terço do total dos ganhos. Está previsto, ainda, que possam receber um adicional diretamente da instituição, não tendo mais que passar, por exemplo, pelas fundações. A inovação deve merecer atenção especial dos empreendedores, pesquisadores e governantes, entendendo todos que se trata de um requisito essencial para o desenvolvimento de base local e sustentado que, por sua vez, constitui a única saída para a superação dos gravíssimos problemas que esgarçam o tecido social brasileiro.
Jorge Santana de Oliveira é Presidente da Associação Comercial de Sergipe
Presidente da NBC pede à Casa Branca uma campanha antipirataria Volta
Mídia eletrônica: AFP
http://afp.google.com
03/10/2007
WASHINGTON (AFP) — O presidente do grupo de comunicação americano NBC Universal, Jeff Zucker, pediu nessa quarta-feira que a Casa Branca inicie uma campanha contra a pirataria e a violação dos direitos de propriedade intelectual que, segundo ele, ameaçam o crescimento do país.
"A verdade é que estamos perdendo a batalha", disse Zucker, durante o quarto colóquio anual sobre falsificação e violação de direitos de propriedade, organizado pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos.
Apoiando-se em estudos recentes, Zucker afirmou que os prejuízos causados pelas violações de direitos da propriedade são da ordem de 60 bilhões de dólares, somente nos Estados Unidos.
"É preciso que a internet receba maior atenção do Poder Executivo, inclusive da Casa Branca", disse.
Zucker insistiu ainda que as universidades desempenhem o papel de policia das redes, alegando que 44% das perdas provocadas por pirataria são provocadas por estudantes.
O presidente da NBC afirmou ainda que "defender os direitos de propriedade intelectual é absolutamente crítico para a prosperidade econômica no século XXI, não apenas nos Estados Unidos mas em todo o mundo", afirmou.
Mesmo na frente, Google enfrenta seus dilemasVolta
Valor Econômico
José Sergio Osse
04/10/2007
Na corrida dos serviços de busca na internet, o Google é um cavalo que está algumas voltas à frente dos demais. Em agosto, a companhia respondeu por 56,5% de todas as pesquisas on-line feitas nos Estados Unidos, mais que o dobro do Yahoo (23,3%) e muito acima da Microsoft (11,3%), segundo e terceiro lugares no ranking elaborado pela empresa de pesquisa comScore. Mas isso não significa que a companhia não tenha preocupações. Na semana passada, a Microsoft lançou um serviço quatro vezes mais potente que o anterior e há poucos dias o Yahoo revigorou seu mecanismo - dois movimentos que não passaram despercebidos pelo mercado.
"Por enquanto não os vemos ganhando terreno sobre nós", diz Sukhinder Singh Cassidy, vice-presidente de operações do Google para América Latina e Ásia-Pacífico. "Ainda assim, sabemos que na internet qualquer coisa está a apenas um clique de distância e precisamos estar preparados", afirma a executiva.
O Google mantém um núcleo de pesquisas de aplicativos on-line, o Google Labs, que desenvolve e testa novidades que podem ou não vir a ser incorporadas ao site principal da empresa. Recentemente, a companhia integrou à sua página de busca ferramentas que vão além dos links de texto e incluem vídeos e fotos, algo que os concorrentes também têm buscado nos serviços oferecidos em alguns países. Além disso, o Google também tem se mostrado hábil em acrescentar serviços populares fora da área de busca, como o YouTube (de vídeos), o Picasa (de fotografia) e a rede social Orkut.
O foco, no entanto, continuará no negócio original, diz Sukhinder. "Para nós, a busca on-line é a plataforma em que tudo o mais se apóia. Se não tivermos uma base sólida, para a qual os usuários migrem e considerem relevante, nada mais importa. É ótimo ter produtos como o YouTube e coisas assim, mas nosso bastião é mesmo a busca."
Uma das prioridades da companhia é investir no conteúdo localizado, em que os resultados indicam produtos e serviços que estão fisicamente próximos do usuário. "Não adianta, numa pesquisa por filmes, o resultado apresentar o que está passando em um cinema em Nova York, sendo que estou em São Paulo", diz Sukhinder. "Oferecemos um serviço decente na América Latina, mas ainda não fazemos tudo o que podemos. Precisamos aprofundar a qualidade de nossa experiência."
Além da concorrência, há pelo menos dois outros temas no horizonte do Google: a privacidade e seu próprio gigantismo.
Em abril, a empresa anunciou que pagaria US$ 3, 1 bilhões pela DoubleClick, que interliga anunciantes, agências de publicidade, sites de internet e usuários. Trata-se de um movimento importante: os anúncios on-line são a principal fonte de receita do Google e o controle da DoubleClick ajudaria a fortaleceria seu domínio na web. A Microsoft, por exemplo, seguiu esse mesmo caminho e mais recentemente adquiriu a aQuantive, da mesma área.
O movimento do Google, no entanto, provocou o protesto dos concorrentes e, por enquanto, está emperrado nas agências antitruste dos EUA e da Europa: as autoridades querem saber se a influência do Google na internet não passou da medida.
Sukhinder minimiza o risco de uma eventual derrota e diz que se o negócio não vingar "o Google achará uma forma de chegar à posição em que estaria com a DoubleClick". As medidas que ela cita, no entanto, mostram que esse não seria o caminho mais confortável. Segundo a executiva, a companhia poderia desenvolver internamente as tecnologias necessárias ou adquirí-las de de forma pulverizada.
O outro desafio do Google, referente à privacidade, é particularmente agudo no Brasil. O ponto central é a rede social Orkut, que se tornou mania no país - 55,3% dos seus cerca de 60,1 milhões de usuários são brasileiros. O site, em que os participantes trocam mensagens, fotos e vídeos entre si, tornou-se foco de tensão quando a Justiça brasileira começou a solicitar informações pessoais de suspeitos de envolvimento com atividades ilegais, como pedofilia e crimes de ódio. Recentemente, o pedido das informações - que tinha de ser enviado aos EUA - foi redirecionado à filial brasileira.
"Não queremos atrapalhar as autoridades, mas não posso simplesmente oferecer informações sobre um usuário toda vez que alguém bate em nossa porta. Temos que seguir o que manda a lei", diz Alexandre Hohagen, presidente do Google no Brasil. "Todas as vezes que recebemos autorização da Justiça para liberar informações pessoais de um usuário à polícia, realizamos isso."
O Google quer ganhar dinheiro com o site, diz Sukhinder, mas por questões como a encontrada no Brasil a empresa ainda não considera o serviço pronto. "Temos que limpar o Orkut e fortalecer seus filtros. Apenas depois disso é que vamos pensar em monetizar o produto", afirma a executiva.
(Colaborou João Luiz Rosa, de São Paulo)
O Brasil e os 50 anos da era espacial Volta
Folha de São Paulo
MARCO ANTONIO RAUPP
04/10/2007
Começamos acompanhando de perto os pioneiros. Índia e Canadá iniciaram programas similares na mesma época. Foram longe. Nós paramos
HOJE, 4 de outubro, é dia de comemorar os 50 anos da era espacial. É também uma data oportuna para refletirmos sobre o desenvolvimento do Brasil nessa área dentro do cenário internacional.
No auge da Guerra Fria, os soviéticos surpreenderam o mundo ocidental, sobretudo os Estados Unidos, com o lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik, que marcou o início da corrida espacial.
No Brasil, o acontecimento histórico foi acompanhado de perto por estudantes do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (SP). Eles estavam preparados para receber os sinais do Explorer, o primeiro satélite americano, mas, quando souberam do satélite soviético, adaptaram a estação que tinham e conseguiram receber os sinais do Sputnik.
Também no início da década de 1960, militares brasileiros já trabalhavam no desenvolvimento de foguetes, buscando acompanhar a tendência de criar programas espaciais próprios que se espalhava por todo o globo terrestre.
Começamos, portanto, acompanhando de perto os pioneiros.
Na educação à distância, hoje considerada prioridade pelo governo, houve o projeto Saci (Sistema Avançado de Comunicações Interdisciplinares), implantado no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) também nos anos 1960-1970.
Ambicioso, visava implantar programas educacionais por TV via satélite por todo o país, erradicar o analfabetismo. Mas, por razões políticas que não caberiam neste espaço, mal logrou ser um projeto-piloto em Natal (RN), onde, por alguns meses, atendeu a algumas centenas de alunos de escolas públicas.
A Índia e o Canadá começaram programas similares na mesma época -e foram longe. Nós paramos.
A primeira maior decisão política na área espacial veio com o governo militar, que buscou parceria da França para desenvolver uma missão espacial completa.
Dezenas de engenheiros foram treinados no centro de pesquisa espacial francês, mas, em 1979, o governo decidiu optar por um programa autóctone, que deu origem à Missão Espacial Completa Brasileira. Uma base de lançamento, foguete e quatro satélites deveriam ser desenvolvidos em cerca de dez anos.
Passados quase 30 anos, temos pouco a comemorar sobre esse programa. Foram desenvolvidos e lançados (por foguetes americanos) os dois primeiros satélites e o veículo lançador ainda está em desenvolvimento. O lado positivo a lembrar é a formação de pessoas e equipes, mas falta um projeto governamental de longo prazo nessa área.
Países como Índia, Israel e China têm programas espaciais avançados, pois, além de decisões políticas assertivas, trabalharam desde o início com outros países, incentivaram e implantaram empresas dedicadas à tecnologia espacial.
No Brasil, talvez um único exemplo de sucesso de parceria na área espacial seja o CBERS (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Fruto de um acordo assinado entre os dois países em julho de 1988, resultou até o momento no lançamento de três satélites (o último em setembro), intercâmbio permanente de pesquisadores e engenheiros, capacitação e envolvimento de empresas brasileiras no projeto.
Programas espaciais são empreendimentos que exigem políticas públicas e planejamento de longo prazo; definição clara de metas; orçamentos compatíveis com os requisitos do desenvolvimento e fabricação de equipamentos espaciais que não são de larga escala industrial. No entanto, permitem aos que neles investem um lugar privilegiado entre os países com evolução tecnológica avançada.
O Brasil precisa de um PAC na área espacial, um programa que, emanado do governo, defina afinal o que o país pretende e pode fazer nessa área. Não somente para até o final deste ou do próximo mandato mas também para os próximos 20 anos, pois assim se pensa um programa espacial.
Com um orçamento anual de US$ 130 milhões, o que é pouco comparado com países como Índia (cerca de US$ 600 milhões/ano) e China (que tem até programas de missões lunares), que já têm foguetes, satélites e bases de lançamento, precisamos definir e privilegiar claramente algumas áreas que atendam grandes demandas nacionais.
MARCO ANTONIO RAUPP , 69, matemático, doutor pela Universidade de Chicago (EUA), é o presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Foi diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do Laboratório Nacional de Computação Científica.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
PT Inovação planeja nova fábrica de software no paísVolta
Valor Econômico
Murillo Camarotto
04/10/2007
Paulo Nordeste, da PT Inovação: "Estamos fechando um ciclo de descoberta"
A PT Inovação, braço tecnológico da operadora portuguesa de telefonia Portugal Telecom, anunciou ontem a construção de uma fábrica de softwares no Brasil. Segundo o presidente da companhia, Paulo Nordeste, a idéia é expandir a capacidade para buscar novos clientes nos mercados brasileiro e da América Latina. Atualmente, a PT Inovação conta com seis clientes no Brasil, sendo a Vivo o principal deles.
O grupo português ainda não decidiu a localização da nova fábrica, que deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2008.
Segundo Nordeste, a companhia está negociando as condições oferecidas por diversos Estados. A instalação também depende da presença de uma universidade local forte, com a qual a PT Inovação pretende firmar parceria. Numa entrevista à imprensa, o executivo disse apenas que a unidade ficará fora de São Paulo -onde a companhia já tem uma unidade, com 120 funcionários.
"Estamos fechando um ciclo de descoberta. O segundo ciclo, a partir de agora, será a conquista do mercado brasileiro e da América Latina", disse Nordeste.
O executivo explicou que os softwares desenvolvidos no país serão consumidos internamente e exportados para os clientes internacionais da empresa.
A PT Inovação chegou ao Brasil no fim de 2001, onde oferece, por exemplo, softwares para plataformas de cobrança de celulares pré-pagos. Agora, o foco será em sistemas que permitem o acompanhamento em tempo real de todas as chamadas feitas e recebidas pelos clientes de uma operadora de telefonia.
Com a crescente participação dos serviços de transmissão de dados (vídeos, música, internet etc), a aposta da PT Inovação é de que esse tipo de controle se tornará cada vez mais importante para as teles.
A expectativa da PT Inovação é de que a nova fábrica possibilite um salto de 30% no faturamento da companhia, que deve fechar 2007 em R$ 40 milhões.
Brasil pressiona a OMC pelo etanolVolta
Proposta é que o combustível entre na lista de bens ambientais para que tarifa de importação seja eliminada
O Estado de São Paulo
Jamil Chade
04/10/2007
Genebra - O Brasil apresentou uma proposta à Organização Mundial do Comércio (OMC) com a qual espera incluir definitivamente o etanol em um acordo de liberalização de tarifas de importação em todo o mundo.
O Itamaraty sugeriu que cada país apresente uma lista de bens ambientais que teriam as tarifas reduzidas a zero. Hoje, o que existe é apenas uma lista de cerca de 350 produtos identificados pelos países ricos como bens ambientais, que fariam parte das negociações. Nessa lista, o etanol é a única energia renovável que não está incluída.
Hoje, as exportações de etanol do Brasil pagam altos impostos para entrar tanto no mercado europeu quanto no americano. Em negociações bilaterais, o Itamaraty não tem conseguido convencer Washington e Bruxelas a reduzir as taxas.
Na OMC, o debate até agora apenas patinou. Isso porque os países ricos se recusam a incluir o etanol na lista de bens ambientais que teriam as tarifas eliminadas. A classificação, porém, inclui energia solar, tecnologia para o tratamento de água e até iate e bicicletas, que supostamente seriam bens que não poluem.
O Brasil já deixou claro que não aceitará a lista feita pelos países ricos na OMC e sugere que cada governo faça a sua oferta do que está disposto a liberalizar e apresente uma lista de setores que gostaria de ver incluído nas negociações. A sugestão brasileira provocou polêmica, principalmente entre os países ricos.
No debate realizado nos últimos dois dias em Genebra, delegações de governos europeus voltaram a questionar até que ponto o etanol seria de fato um produto ambientalmente correto. Os suíços, por exemplo, apontam que estão internamente debatendo quais seriam as condições adequadas para a produção do etanol.
O Brasil reagiu aos comentários alegando que não poderia haver uma lista de bens ambientais na OMC sem a inclusão do etanol. Diplomatas do Itamaraty revelam ainda que estão trabalhando ao lado do Ministério do Meio Ambiente para analisar quais seriam os setores em que o Brasil estaria disposto a abrir seu mercado. O objetivo da avaliação é não eliminar as tarifas para uma área em que um programa nacional esteja sendo desenvolvido, como no caso da energia solar.
“Vamos ver quais são exatamente as tecnologias que não temos e nos interessa eliminar tarifas e quais vamos manter para não acabar matando um programa de desenvolvimento local que esteja já ocorrendo”, explicou um negociador do Itamaraty.
A proposta brasileira apresentada à OMC ainda sugere que produtos agrícolas orgânicos também possam ser comercializados livre de tarifas de importação em todo o mundo no futuro. Mais uma vez, alguns países desenvolvidos contestaram o projeto, alegando que seria difícil identificar esses produtos. O Brasil, em contrapartida, defende que uma classificação seja estabelecida.
Outra idéia sugerida na mesma proposta brasileira é para que se garanta que cada produto considerado bem ambiental possa se beneficiar da transferência de tecnologia.
Com R$ 1 bi em caixa, os Szajmans agora vão se dedicar à tecnologia Volta
Após venda para a Sodexho, a família vai apostar em cartões pré-pagos e aplicar o dinheiro em fundos ao redor do mundo
O Estado de São Paulo
Patrícia Cançado e Ricardo Grinbaum
04/10/2007
Nos anos 90, o Grupo VR chegou a ter uma frota de 100 carros blindados só para entregar vales de papel no Brasil inteiro. Há quase dez anos, porém, o VR vendeu a frota, digitalizou toda a papelada e criou a SmartNet, a empresa de tecnologia do grupo que captura e processa os pagamentos eletrônicos. No fim de setembro, a família Szajman abandonou de vez a era do vale-benefício ao vender o negócio para a francesa Sodexho por R$ 1 bilhão. Agora, o grupo quer espalhar o conceito dos cartões inteligentes e pré-pagos para outras áreas como transporte, saúde e varejo.
'Vamos atuar como a Intel. Ela não vende computador, mas a tecnologia que está por trás da máquina. Vamos ser como uma 'Intel inside' para empresas de vários ramos, já incluindo a própria Sodexho', afirma Cláudio Szajman, presidente do Grupo VR e filho do fundador, Abram.
O dinheiro da venda irá para a holding dos Szajmans, que além da SmartNet, controla o BancoVR, a gravadora Trama, uma incorporadora imobiliária e um fundo de investimentos em ativos no mundo inteiro. 'Como a gente vai dividir o dinheiro, eu vou resolver', diz Abram, o fundador.
Por enquanto, o que está definido é que a família não pretende inventar a roda, mas investir nos negócios que já possui. Nos próximos cinco anos, eles vão aplicar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões na SmartNet. Em vez de gastar dinheiro na construção da rede - hoje com 100 mil terminais eletrônicos em 1200 cidades -, o grupo vai buscar novos mercados.
O foco são serviços onde o uso de cartão está se popularizando. A atuação na área da saúde é o que está mais claro para o grupo. 'Nesse mercado, a automação vai ajudar na identificação do usuário do sistema de saúde e na liberação de autorizações para consultas e exames', explica Cláudio.
Fiocruz e UFRJ oferecem mestrado e doutorado em propriedade intelectual Volta
Mídia eletrônica: Revista Fator
http://www.revistafator.com.br
03/10/2007
Encerram-se em 31 de outubro as inscrições para o primeiro programa de pós-graduação stricto sensu em propriedade intelectual e políticas de inovação no Brasil. Resultado de uma parceria entre o Instituto de Economia da UFRJ e a Fiocruz, o curso foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). São 15 vagas para mestrado e 15 para doutorado. O início das aulas está previsto para o primeiro semestre de 2008. De caráter multidisciplinar, o programa foi dividido em três áreas de concentração: governança e políticas públicas; instituições, estratégias e desenvolvimento; e inovação, propriedade intelectual e desenvolvimento. A pós-graduação abrigará o desenvolvimento de pesquisas voltadas à formulação de políticas de propriedade intelectual no âmbito da Fiocruz, do Ministério da Saúde e das relações internacionais nas quais o Brasil negocia os direitos de propriedade intelectual. Mais informações: www.ie.ufrj.br /Por: IVFRJ
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Empresas criam registro on-line de propriedade intelectual Volta
Mídia eletrônica: Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br
da Efe, em Madri
02/10/2007
As empresas espanholas Safe Creative e NTT Europe Online iniciaram um serviço de registro, certidão e consulta de direitos de propriedade intelectual na internet.
Segundo os promotores da iniciativa, o site www.safecreative.org serve para os criadores "registrarem e depositarem suas obras em qualquer formato gratuitamente". O sistema permite ao internauta registrar seus artigos automaticamente quando são publicados.
O serviço "global, livre, aberto, independente e gratuito" facilita a autogestão de direitos. Segundo os criadores, a nova ferramenta "dificulta o plágio das obras e facilita a difusão e conhecimento dos artistas".
A Safe Creative conta com uma plataforma tecnológica e uma infra-estrutura fornecida pela NTT Europe Online. Seu foco é "se transformar em um modelo de registro de alcance global".
Câmara do Rio cria disque-piratariaVolta
Serviço recebe denúncias sobre produtos piratas e locais de venda.
Cidadão pode fazer denúncias sem se identificar.
Mídia eletrônica: Portal G1
http://g1.globo.com
Do G1, no Rio
02/10/2007
A comissão especial da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que investiga a pirataria e outros crimes de violação de direitos autorais, marcas e patentes, criou o serviço disque-pirataria. O cidadão que se sentir lesado por comprar produtos falsificados poderá recorrer ao disque e não precisará se identificar.
O serviço recebe denúncias de locais onde estejam sendo comercializados produtos piratas, como pilhas, roupas, sapatos, DVDs, CDs, brinquedos e até remédios. A iniciativa foi do vereador Dr. Nelson Ferreira (PR), que pretende também realizar blitz em diversos pontos do município do Rio para flagrar ações de pirataria. Segundo a assessoria do vereador, a primeira blitz deve ser feita no mercado popular Saara, no centro do Rio.
O número do disque-pirataria é (21) 3814-2157 e o serviço funciona das 9h às 17h.
ONGS solicitam audiência pública para discutir ações do INPIVolta
Mídia eletrônica: Agência de Notícias da AIDS
http://www.agenciaaids.com.br
02/10/2007
ONGs ligadas ao Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (GTPI/REBRIP) solicitaram ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado federal Luiz Couto (PT/PB), a realização de uma audiência pública para a discussão das diretrizes para o exame de pedidos de patentes nas áreas farmacêuticas e biotecnológicas adotadas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Um pedido semelhante foi formulado pelo deputado Paulo Teixeira (PT/SP) e ambos foram apreciados e aprovados na última reunião da Comissão, realizada dia 19 de setembro. As ONGs aguardam o agendamento da audiência e esperam a presença de representantes do INPI, dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, da sociedade civil organizada e de outros setores do governo ligados ao tema.
O INPI, a autarquia federal responsável pela análise e concessão de patentes no Brasil, estabeleceu critérios internos de exame dos pedidos de patentes farmacêuticas e biotecnológicas para patentes depositadas após dezembro de 1994. Tal documento dita aos examinadores a interpretação dos requisitos da lei brasileira de propriedade industrial (Lei 9.279/96), especialmente sobre o que deve ou não ser patenteado. As diretrizes em vigor ampliam os requisitos de patenteabilidade para além dos limites expressos na lei brasileira, sendo por isso consideradas pelo GTPI contrárias ao interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país, além de danosas à saúde pública e ao desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional ao conceder patentes indevidas, por exemplo, para medicamentos não inovadores.
A revisão das diretrizes do INPI é urgente e necessária para que o interesse público possa ser devidamente resguardado, em cumprimento às leis em vigência no país e à Constituição Federal. O órgão iniciou o processo de revisão das diretrizes através de consultas públicas em agosto, porém as consultas não apresentam regras claras e impedem a participação qualificada da sociedade civil. O INPI disponibilizou apenas um e-mail para contribuições sobre temas importantes que foram definidos em reuniões anteriores, fechadas à participação da sociedade e desprovida de critérios claros para o convite à participação.
Procurando contribuir para a realização de consultas abertas e transparentes, o GTPI/REBRIP e outras instituições e pesquisadores enviaram cartas ao INPI e também a diversos ministérios relatando suas preocupações com a concessão indevida de patentes e o conseqüente impacto no acesso a medicamentos no país. O objetivo do grupo é conseguir a revisão urgente das diretrizes do INPI, de forma que ela seja norteada pelo princípio da legalidade, permitindo o amplo debate público e o controle social.
Fonte: ABIA
Indústria tem de aumentar seu papel na pesquisa tecnológica, defende especialista Volta
Mídia eletrônica: TI Inside
http://www.tiinside.com.br
02/10/2007
O representante do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), Jorge Bounassar Filho, apontou nesta terça-feira (2/10), durante seminário da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, para a necessidade de aumentar o papel da indústria na pesquisa tecnológica. Ele observou que quase 70% dos pesquisadores brasileiros estão nas universidades, enquanto nos países desenvolvidos a maioria trabalha na indústria.
Bounassar afirmou que a inovação tecnológica, "última etapa do desenvolvimento científico", não cabe às universidades. "A inovação leva ao desenvolvimento, à competitividade, à competência e ao valor agregado. Uma ação que se faz na indústria", definiu. Segundo ele, cabe à academia desenvolver ciência, que é um passo fundamental para a inovação.
Na opinião de Bounassar, os institutos de pesquisa são instituições mais ágeis, que podem responder melhor às demandas da indústria e fazer o elo com a academia, com o objetivo de transformar desenvolvimento científico e tecnológico em produtos e processos.
O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi em Santa Catarina (IEL-SC), Natalino Uggioni, lembrou, por sua vez, que a inovação tecnológica envolve riscos. Segundo Uggioni, a pesquisa tecnológica depende de um tripé que inclui inteligência competitiva, planejamento estratégico e processo de desenvolvimento de produtos.
Com informações da Agência Câmara. Da Redação
União para a inovaçãoVolta
Mídia eletrônica: Agência Fapesp
http://www.agencia.fapesp.br
Por Thiago Romero
03/10/2007
Agência FAPESP – Seguindo a premissa de que duas ou mais empresas juntas podem oferecer melhores soluções tecnológicas ao mercado, foi lançada oficialmente a Rede de Apoio à Inovação Tecnológica nos Empreendimentos em Criação (Raitec), na manhã desta terça-feira (2/10), na capital paulista, durante a 14ª edição do Café Tecnológico do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec).
O objetivo é unificar os esforços de 247 empresas residentes em dez incubadoras no Estado de São Paulo, de modo a aumentar suas taxas de sucesso no mercado, alavancar novos negócios e criar diferentes canais de comunicação entre as empresas. O projeto é apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
As incubadoras vão investir, até dezembro de 2008, R$ 981 mil em atividades como outros cafés tecnológicos, participações em feiras de negócios, implantações de sistemas para avaliação das empresas e registros de marcas, patentes e softwares.
“Também fazem parte dessas ações o aprimoramento dos planos de negócio de pelo menos 50 novos empreendimentos que desejam se candidatar às incubadoras, além da capacitação dos empresários para o acesso a financiamentos oferecidos pelas principais agências de fomento do país”, disse o gerente executivo do Cietec, Sérgio Risola. “A nossa intenção é aproximar as demandas do mercado das empresas da rede, que estão num raio de 50 quilômetros da capital paulista”, afirmou.
A rede deverá ainda, segundo Risola, aprimorar o modelo de gestão das incubadoras no acompanhamento de suas empresas por meio de plataformas computacionais integradas. O “pacote” inclui ainda cursos, oficinas e consultorias em assuntos diversos, como gestão empresarial, marketing, negociação com investidores e maneiras de atrair capital de risco.
“Os pequenos e médios empresários, com a agregação do conhecimento dos pesquisadores da academia, representam os atores principais para o desenvolvimento da inovação tecnológica. Então, nada melhor do que criarmos uma rede para que as empresas incubadas gerem riqueza e tenham maiores chances de se tornar globais”, disse Cláudio Rodrigues, presidente do Conselho Deliberativo do Cietec e superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
Levantamento apresentado no Café Tecnológico Raitec mostra que, apesar de 55% das empresas das dez incubadas ter como foco de seus negócios o cenário nacional, 71% delas demonstram interesse pela exportação de seus produtos e serviços.
Além do Cietec, compõem a Raitec a Incubadora de Empresas de Guarulhos, Incubadora de Empresas Barão de Mauá, Incubadora Aceleradora de Empreendimentos, In Nova Incubadora Tecnológica e Educacional de Santo André, Incubadora da Fundação de Estudos Agrários “Luiz de Queiroz”, Incubadora de Empresas de Santos, Incubadora Tecnológica de Empresas de Sorocaba, Incubadora de São Bernardo do Campo e Incubadora Tecnológica de Mogi das Cruzes.
Para facilitar o aporte de recursos financeiros e o gerenciamento das atividades, as 247 empresas de base tecnológica residentes foram distribuídas em seis grandes áreas de cooperação: tecnologia da informação, medicina e saúde, meio ambiente, eletroeletrônico, biotecnologia e metalmecânico.
Brasil quer convencer UE de que etanol não afeta florestas Volta
Missão brasileira vai mostrar a deputados europeus como é a produção
O Estado de São Paulo
Jamil Chade
03/10/2007
O Brasil está montando uma campanha para tentar convencer a opinião pública européia de que a produção do etanol não está afetando a Amazônia e que o País está tomando medidas para evitar o desmatamento com o cultivo da soja. Hoje, em Bruxelas, o governo brasileiro e entidades de produtores se reunirão pela primeira vez com deputados do Parlamento Europeu e com representantes da sociedade civil para mostrar como a soja e o etanol estão sendo produzidos.
A União Européia (UE) teme que o Brasil esteja ignorando aspectos ambientais na produção agrícola e planeja a criação, até o fim deste ano, de um certificado para controlar o comércio do etanol.
A missão brasileira será composta por diplomatas, pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Instituto Brasileiro do Agronegócio (Abag) e Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).
'O objetivo principal da visita é apresentar as ações do agronegócio brasileiro na área ambiental, particularmente nos setores de soja e etanol', explicou um diplomata em Bruxelas. Governo e setor privado garantem que não vão apenas negar a existência dos problemas. Segundo diplomatas, as entidades pretendem assumir uma 'postura ativa' nos debates ambientais.
No setor da soja, os debates serão concentrados na avaliação da moratória do comércio do produto cultivado na Amazônia, que completa um ano. Outro ponto da agenda será a garantia de que se desenvolva uma 'soja responsável', ou seja, que garanta padrões trabalhistas e ambientais. Por fim, a recente criação do Instituto do Agronegócio Responsável será debatida.
Nas discussões sobre o etanol, o vice-presidente da Abag, Luiz Carlos Carvalho, vai mostrar as práticas de produção do combustível e as regiões no Brasil onde isso ocorre. A relação entre o etanol e a redução das emissões de gases de efeito estufa também será avaliada.
Entre os deputados europeus, os alemães Karsten Hoppenstedt e Albert Dess estão liderando a iniciativa. Mas muitos destacam que o Brasil não ganhará todo o mercado que prevê se não convencer a opinião pública européia de que não está causando mais danos que benefícios à ecologia.
As declarações do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, favoráveis à entrada da cana em áreas da Amazônia, na semana passada, repercutiram negativamente na União Européia. Para deputados europeu e ONGs ligadas à preservação do meio ambiente, essa decisão vai prejudicar a imagem do etanol. O porta-voz da Comissão Européia para temas agrícolas, Michael Mann, reafirmou que a UE vai garantir que o combustível comprado pelos países do bloco seja de fontes sustentáveis.
TV Digital entrará em operação em dezembro com conversor a R$ 700Volta
Transmissão começa pela Grande São Paulo, com um custo para o consumidor maior que o previsto pelo governo
O Estado de São paulo
Márcia De Chiara
03/10/2007
A TV digital começa a funcionar em escala comercial dentro de 60 dias. A partir de 2 de dezembro, apenas os moradores da Grande São Paulo vão ter disponível a nova tecnologia de transmissão de sinais de televisão. O novo sistema entra em operação quase sete anos depois das primeiras discussões sobre o assunto e com um custo diferente do que havia sido imaginado.
Só o conversor - equipamento básico que vai receber a transmissão digital em UHF e enviá-la para uma TV normal - deve custar R$ 700 ou mais para o consumidor, segundo Lourival Kiçula, presidente da Eletros, que reúne os fabricantes de produtos eletroeletrônicos, que apresentou ontem o Painel TV Digital no Brasil.
'A produção dos componentes do conversor é pequena. A idéia é ter um equipamento mais barato possível, mas as boas surpresas devem ocorrer só após o quinto ou sexto ano de produção', afirmou Kiçula, fazendo referência à provável queda nos preços.
Em agosto deste ano, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, chegou a dizer que o conversor chegaria ao mercado por R$ 200. Dois anos antes, ele mesmo tinha afirmado que, nos Estados Unidos, o equipamento custava cerca de US$ 30 (R$ 56) e no Brasil o preço até poderia ser menor.
Outra diferença em relação ao inicialmente previsto diz respeito a interatividade da TV digital, isto é, a possibilidade de o telespectador comprar, por exemplo, a roupa do artista da novela por meio do controle remoto da TV. 'Essa interatividade plena deverá ser possível num segundo momento, dentro de um ano', observou o vice-coordenador do Módulo de Mercado da TV Digital, José Marcelo Amaral.
Ele acredita que, depois da Grande São Paulo, a próxima região que terá transmissão digital será o Rio de Janeiro, no início do ano que vem, seguido por Minas Gerais e o Distrito Federal. O prazo máximo para a entrada dos demais Estados é de cerca de dois anos.
Amaral contou que todas as emissoras de TV já estão produzindo a programação normal digitalizada. O grande teste agora será a transmissão dos sinais digitais. De toda forma, ele observa que a mudança não se dará do dia para a noite. Por cerca de dez anos, os dois sinais, o analógico (atual) e o digital (novo), vão conviver. E o consumidor terá a possibilidade de escolha.
Amaral ressaltou, no entanto, que a TV digital, que será gratuita na transmissão, poderá resolver, por exemplo, um problema de fantasmas e chuviscos na imagem que hoje afeta a TV aberta. Prova disso, disse ele, só em São Paulo, boa parte dos assinantes da TV a cabo assiste a TV aberta e usa o serviço para melhorar a imagem. 'A TV por assinatura é uma solução onerosa', ponderou.
Para um dos coordenadores do Fórum da TV Digital, e executivo da Rede Globo, José Land, 'a partir do dia 2 de dezembro a televisão vai entrar numa nova era'. Com objetivo de tornar esse projeto possível, começa hoje uma campanha publicitária que será exibida nas seis emissoras de TV - Cultura, SBT, Globo, Record, Rede TV e Bandeirantes - para explicar a mudança. Os fabricantes investiram cerca de R$ 1 milhão nos seis filmes publicitários feitos pela agência de publicidade interna da Rede Globo.
O executivo conta que a campanha da TV digital será exibida três vezes por dia nas seis emissoras de TV, nos períodos da manhã, tarde e noite, para, gradativamente, despertar o interesse do telespectador.
O mote da campanha é uma família de classe média brasileira. A família hipotética é a Nascimento, formada pelo pai Fernando; a mãe Claudia, os filhos André e Taís, a empregada Dolores e o vizinho Peixoto.
A intenção é, a cada filme, introduzir de forma didática a informação do que é a TV digital e de como ela irá funcionar, a partir situações específicas. Um dos filmes traz à tona a interatividade da TV digital, quando, por exemplo, a mulher diz para o marido que ele não conversa com ela, mas com a TV digital ela terá essa chance.
COMO FUNCIONARÁ A TV DIGITAL
O que é TV Digital?
É uma nova tecnologia de transmissão de sinais de televisão que proporciona melhor qualidade de imagem e som, interatividade e mobilidade
Quando começa?
A TV Digital estréia no dia 2 de dezembro, apenas na Grande São Paulo. Há um cronograma de implantação gradual ainda não definido. Depois de São Paulo, a próxima região será o Rio de Janeiro, no começo de 2008, seguido por Minas Gerais e Distrito Federal
É preciso pagar algo pela TV Digital?
Não, é gratuita
Quais equipamentos são necessários para captar os sinais?
Ter uma antena de UHF (interna ou externa)para captar os sinais, comprar um conversor digital, que vai receber a transmissão digital em UHF e enviá-la
para uma TV normal. Fabricantes colocarão no mercado aparelhos com sintonizador embutido, que dispensa o conversor
Quanto custará o conversor e a TV digital com sintonizador embutido?
Fabricantes calculam que o conversor não deve sair por menos de R$ 700, muito acima do previsto pelo governo, que é na faixa de R$ 200. Quanto às TVs com sintonizador embutido, ainda não há previsão de preço
É possível ter um conversor apenas para sintonizar várias TVs?
Sim, mas, nesse caso, todos as
TVs da casa estarão sintonizados no mesmo canal. Para sintonizar canais diferente, é preciso um conversor por aparelho de TV
Qual será a programação digitalizada disponível a partir de 2 de dezembro?
Todas as seis emissoras - Cultura, SBT, Globo, Record, RedeTV e Bandeirantes - terão a grade normal de programação digitalizada.
Nem toda a programação será transmitida em alta definição
A interatividade estará disponível a partir de dezembro?
Não. O Fórum que reúne indústria e fabricantes está definindo as especificações do software que irá fazer a interatividade
Todos os programas transmitidos de forma digital serão transmitidos no formato de cinema (16 por 9)?
Nem todos os programas serão transmitidos no formato de tela de cinema. Quando essa transmissão for recebida por uma TV comum, duas faixas pretas aparecerão, abaixo e acima da imagem
Quando a transmissão analógica, em funcionamento hoje, vai acabar?
Os dois sistemas vão conviver e o desligamento das transmissões analógicas será em 2016.
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